Não é tanto aquilo que o poeta diz, mas o que vai implícito em seu dizer, sua dualidade intima e irredutível, que outorga as suas palavras um gosto de libertação. A frequente acusação que se faz aos poetas de serem aéreos, distraídos, ausentes, nunca totalmente deste mundo provém do caráter de seu dizer. A palavra poética jamais é totalmente desse mundo: sempre nos leva mais além, as outras terras, outros céus, outras verdades.
Octávio Paz- O Arco e a Lira
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