segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A gravida é o maior que o tempo, enchendo as paredes de relógios fincados, agarrando os muros a memória, arrastados pelo buraco. Gravidade, cume feito de pó, mais baixo que o chão. Leva as estradas a se perderem, presas em suas bordas se desfazem em caminhos. A perna, o encaixe do o pé, os braços balançam. Me penduro na dança dos dias. A gravidade, peso, esse é o tamanho de seu corpo. Cardume, voo que movimenta a vida. Uma luta, a fúria de uma criança nos primeiros passos, criando o templo do mundo com sua vitória impossível. 



Fernanda Tatagiba

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