os mais variados carrascos, ditadores, fanáticos e demagogos, que lutam pelo poder com a ajuda de meia dúzia de slogans, também gostam do seu trabalho e também o fazem com imaginação. Sim. Mas eles sabem. Sabem. E o que sabem chega-lhes para a vida inteira. Nada mais lhes interessa, pois o resto poderia enfraquecer a força de seus argumentos. Mas o saber que não dá origem a novas perguntas, rapidamente se torna um saber morto. Nos casos mais extremos, como sabemos da história antiga e recente, esse saber consegue ser uma ameaça mortal para a sociedade. Por isso, eu tenho em grande estima duas pequenas palavras: não sei.
Wislawa Szymborka
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