quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

As unhas sujas daqueles dedinhos deviam estar apertando a
moeda na linha do tiro a mãozinha aberta a moeda
estacou ficou cara a cara a moeda do pão
na roleta russa apertou perdeu
foi um tiro só
que não mata engorda



Leticia Tandeta Tartarotti 

Um comentário:

  1. Sujo, o pé de asfalto pisa no lençol granulado de carbono invisível, e a cabeça deita no travesseiro.
    Na cama, as bactérias puras, inocentes, acariciam orelhas, irritam mucosas, roem restos de carne. Depois repousam.
    Quando acordam, vão defecar nos legumes sujos na boca escovada, alcatroada no dia de sol, de praia refrigerada a limão do barril do irmão de dedo no nariz, urbano dedão.

    [Fernanda, te conheci sábado 21/03/2015 na porta do CCBB: "nossa civilização não deu certo!"

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