Em baixo da cama, um susto acordado. O terror de entender
o que temia. Vão descoberto, caixa do vazio. Vento empossado no chão preso a
terra. Antes de dormir estendo a mão, varro a distancia. Depois do sono o teto,
o tempo. O sonho do esquecimento. Em baixo da cama, lugar do último hospede do
primeiro risco. O tombo depois da queda.
Da cama escorrega o que é pesado, a casca, o farelo da manhã. Em baixo os
fantasmas escondem seus medos e as crianças fingem fugir. Em cima, tento entender o que está por dentro.
Fernanda Tatagiba
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