segunda-feira, 14 de julho de 2014

Em baixo da cama, um susto acordado. O terror de entender o que temia. Vão descoberto, caixa do vazio. Vento empossado no chão preso a terra. Antes de dormir estendo a mão, varro a distancia. Depois do sono o teto, o tempo. O sonho do esquecimento. Em baixo da cama, lugar do último hospede do primeiro risco.  O tombo depois da queda. Da cama escorrega o que é pesado, a casca, o farelo da manhã. Em baixo os fantasmas escondem seus medos e as crianças fingem fugir.  Em cima, tento entender o que está por dentro.


Fernanda Tatagiba

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